A Sonda de Foley é um dispositivo médico-hospitalar, estéril, invasivo, utilizado para a realização da cateterização urinária, procedimento muito utilizado na prática clínica da enfermagem.
Este consiste na inserção da mesma através da uretra até a bexiga, com a finalidade de drenar a urina de pacientes com problema de eliminação urinária ou procedimentos cirúrgicos.
Esse dispositivo tem a finalidade para o diagnóstico e o tratamento de processos patológicos, possuindo a eficácia de aliviar a retenção urinária, garantindo a função renal.
Como é realizado o tratamento com a Sonda Foley?
Quando realizado com Sonda de Foley (de demora), o procedimento é conhecido como drenagem urinária por sistema fechado, onde a mesma é acoplada a uma bolsa coletora de urina.
Inclusive, utilização do dispositivo está associada aos riscos de infecção do trato urinário (ITU), sendo o tempo de permanência do dispositivo o principal fator de risco.
Além de ITU, a técnica de cateterização urinária também pode levar a outras complicações, como o traumatismo uretral, dor, incrustações e falso trajeto, com riscos aumentados quando não realizada corretamente.
Os traumas do tecido uretral durante a inserção do cateter aumentam os riscos de infecção
Muitos profissionais da enfermagem desconhecem as indicações, complicações e práticas que podem prevenir os eventos adversos ao uso da Sonda de Foley.
Contudo, embora exista consenso quanto à necessidade de se utilizar material estéril, realizar técnicas rigorosamente assépticas e fazer testes iniciais para a verificação da integridade do balão e da válvula, ainda podem ser encontradas divergências na literatura em relação às etapas do procedimento.
Por isso, é fundamental que os especialistas tenham conhecimento teórico e prático que lhes dê segurança para uma atitude pró-ativa em relação aos pacientes, incluindo na rotina diária o questionamento sobre a necessidade da manutenção do cateterismo como uma das medidas comprovadamente efetivas de redução do seu tempo de uso.
No ambiente hospitalar, as indicações para cateterização urinária limitam-se
Ou seja, a mesma é indicada nos casos de retenção urinária aguda, no controle de diurese, no pós-operatório de cirurgias urológicas, nas cirurgias de longa duração, em pacientes incontinentes ou naqueles em que se prevê um longo período de imobilização no leito.
Além disso, nas vezes em que ocorre a cateterização urinária no pós-operatório, por exemplo, a sua permanência não ultrapassa de 24 a 48 horas.
Isso ocorre pois estudos mostram que o benefício é sobrepujado pelo risco de infecção.
Na literatura, as técnicas de introdução e manutenção do cateter urinário são descritas de diferentes maneiras
Por isso que, apesar de as recomendações de prevenção de infecções terem sido atualizadas recentemente, ainda não há consenso nas diversas ações que compreendem alguns passos do procedimento, como o uso dos anti sépticos e lubrificantes.
Portanto, a elaboração dos protocolos institucionais relacionados ao cateterismo urinário, por exemplo, pode ocasionar em diversas interpretações.
Neste caso, é importante que os protocolos hospitalares sejam confeccionados com base na instrução de uso do produto informada pelo fabricante, já que elas estão previstas conforme a análise de risco do produto e são definidas por ensaios de projetos.
Sugere-se a implementação de ações interinstitucionais e interdisciplinares como estratégias a serem formuladas
Afinal, estas podem se tornar facilitadoras na manutenção do treinamento e das atividades da equipe.
Além disso, cabe às instituições de saúde fazer uso deste dispositivo somente para a finalidade à qual se destina, observando a anatomia do indivíduo na escolha do tamanho do dispositivo e obedecendo às informações do produtor quanto ao tempo de permanência entre a troca de um instrumento e outro.
Com estes cuidados, pode-se evitar ou reduzir muito os riscos ao paciente.
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